É um equívoco comum pensar que novas baterias de telefones celulares precisam ser carregadas por um longo período, geralmente durante a noite, durante a primeira carga. Essa crença decorre de tecnologias de baterias mais antigas, como baterias de níquel-cádmio (NiCd) e níquel-hidreto metálico (NiMH), que eram propensas a desenvolver um fenômeno chamado "efeito memória". As baterias NiCd e NiMH podem “lembrar” uma descarga parcial e perder gradualmente sua capacidade se forem carregadas repetidamente antes de ficarem totalmente esgotadas.
Porém, a maioria dos celulares e smartphones modernos utilizam baterias de íons de lítio (Li-ion), que não sofrem o efeito memória. As baterias de íon-lítio podem ser carregadas parcialmente sem afetar sua capacidade ou vida útil geral. Na verdade, é melhor para as baterias de íon-lítio manter uma descarga superficial e recargas frequentes, em vez de descarregá-las completamente antes de recarregar.
Portanto, não há necessidade de realizar uma primeira carga prolongada da bateria de íons de lítio do seu novo celular. Você pode seguir as recomendações de carregamento padrão fornecidas pelo fabricante, que normalmente envolvem conectar o telefone quando o nível da bateria cai abaixo de um determinado limite, como 10% ou 20%. As baterias de íon-lítio são projetadas para interromper automaticamente o carregamento quando atingem a capacidade total, portanto, não há risco de sobrecarga e danos à bateria.
O único caso em que uma primeira cobrança prolongada pode ser benéfica é se o telefone celular estiver nas prateleiras da loja por um longo período sem ser usado ou carregado. Durante o armazenamento, as baterias descarregam-se automaticamente e perdem parte da sua capacidade. Neste caso, dar à bateria um ciclo completo de carga e descarga (carregando até 100% e depois descarregando-a completamente) pode ser útil para calibrar o medidor da bateria e garantir uma representação precisa do nível da bateria.