Os seres humanos tendem a se envolver em empreendimentos criminosos quando a taxa de retorno do investimento é alta e o risco de perda é baixo. Esse cálculo é feito todos os dias por cibercriminosos, e eles concluíram que é lucrativo continuar cometendo fraudes, roubando informações financeiras e invadindo redes em todo o mundo.
História
Quando a tecnologia de computadores pessoais era relativamente nova e as redes estavam se tornando onipresentes na década de 1990, aqueles que se engajavam em atividades ilegais de hackers o faziam com o propósito de melhorar seu conhecimento de sistemas, testar suas habilidades e competir contra outros pelo reconhecimento como o melhor hacker. . Assim, invasões em redes, desde instalações militares a instituições comerciais, eram pouco mais do que incômodos e provavelmente não representavam um risco de longo prazo para a segurança. Além disso, enquanto vírus, spyware e cavalos de Tróia se tornavam mais perturbadores, essas invasões eram vistas como um aborrecimento semelhante ao vandalismo. Além de desabilitar um computador ou torná-lo mais lento, intrusões como essas não atingiram o nível de preocupação normalmente associado ao comportamento criminoso. No entanto, como a história nos mostra, sempre que um grupo de pessoas desenvolve habilidades que lhes dão uma vantagem sobre a sociedade em geral, alguns acabam explorando e vitimizando a sociedade.
Evolução
De acordo com o FBI e a Association for Computing Machinery, nos últimos anos houve uma explosão de violações de segurança de computadores que são usadas para roubar, extorquir e enganar. Essa nova geração de cibercriminosos não é mais motivada apenas pelo ego e pela habilidade tecnológica. Em vez disso, os cibercriminosos descobriram que as habilidades que aprenderam na adolescência – invadir redes do ensino médio ou criar vírus disruptivos para se gabar aos amigos – agora também são úteis para ganhar uma vida confortável.
Crime da velha escola
Ao contrário dos crimes cometidos no mundo físico, o cibercrime requer pouco ou nenhum investimento para ser realizado. Um criminoso que assalte alguém na rua requer uma arma e algum conhecimento básico, e tal crime traz consigo o risco de prisão ou lesão se a vítima lutar. A atividade criminosa mais complexa, como roubar um banco ou operar um esquema de proteção, exige a organização de várias pessoas e, em certa medida, equipá-las e treiná-las. No mundo real, as leis da economia se aplicam aos criminosos, e os criminosos devem determinar quanto podem investir e arriscar.
Nova Arena
Online, um criminoso em potencial geralmente só precisa se preocupar com sua capacidade de comprometer sistemas seguros ou enganar alguém para que revele suas informações financeiras. Os cibercriminosos podem operar remotamente de países onde correm o risco de pouca interferência da aplicação da lei. Por meio dos próprios sistemas que possibilitam o comércio eletrônico, os cibercriminosos podem cometer crimes com facilidade. Além disso, diferentemente do mundo físico, os cibercriminosos não precisam lidar com grupos ou indivíduos concorrentes por território.
Vantagem fora da lei
Assim, há facilidade de entrada no mercado e, por o mercado ser tão grande, pouco em termos de concorrência direta. Na verdade, muitas vezes há colaboração e redes soltas de cibercriminosos, que, em vez de lutar pelo controle como as gangues do mundo real, trabalham juntos para melhorar suas capacidades e habilidades e buscar novas oportunidades. Essa organização de "código aberto" é uma das razões pelas quais o crime cibernético é tão difícil de combater usando métodos e organizações tradicionais. As agências de aplicação da lei hierárquicas e estáticas, por exemplo, geralmente contam com leis, regulamentos e procedimentos internos definidos para operar efetivamente contra criminosos. As ferramentas que são eficazes para as agências de aplicação da lei nas ruas são ineficazes no reino virtual. A tecnologia e as táticas dos cibercriminosos podem mudar mais rapidamente do que a aplicação da lei pode se adaptar a eles.
