As galáxias adquirem sua cor principalmente a partir das estrelas que as constituem. A tonalidade geral de uma galáxia é influenciada por vários fatores, incluindo:
1. Populações Estelares: -
Jovens Estrelas: Estrelas jovens e quentes irradiam fortemente na parte azul e ultravioleta do espectro eletromagnético. Galáxias com uma população significativa de estrelas jovens tendem a exibir uma cor azulada. Por exemplo, galáxias com formação de estrelas, como a Pequena Nuvem de Magalhães, aparecem em azul devido à presença de estrelas jovens e quentes em abundância.
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Estrelas antigas: Em contraste, as estrelas mais velhas são mais frias e emitem mais na região do vermelho e do infravermelho. Galáxias dominadas por populações estelares mais antigas, como as galáxias elípticas, apresentam frequentemente uma tonalidade amarelada ou avermelhada. O bojo da Via Láctea, povoado por estrelas mais antigas, tem uma cor laranja-avermelhada.
2. Meio interestelar: O meio interestelar (ISM) dentro das galáxias consiste em gás, poeira e outras partículas. Esses componentes podem influenciar a cor geral da galáxia de duas maneiras:
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Nebulosas de Emissão: Nuvens de gás dentro do ISM podem ser ionizadas pela intensa radiação de estrelas quentes próximas. Isto dá origem a nebulosas de emissão, que emitem fortes linhas de emissão em cores específicas, particularmente vermelho (H-alfa) e azul esverdeado (OIII). Estas linhas de emissão podem contribuir para a cor geral das galáxias.
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Extinção de poeira: A poeira no ISM pode espalhar e absorver a luz das estrelas, particularmente na faixa azul e ultravioleta. Este fenómeno, conhecido como extinção, faz com que as galáxias pareçam mais vermelhas do que seriam se a poeira não estivesse presente. Por exemplo, algumas galáxias espirais têm regiões mais poeirentas que parecem mais escuras e mais vermelhas em comparação com outras regiões livres de poeira.
3. Desvio para o vermelho: A expansão do universo faz com que a luz de galáxias distantes seja desviada para o vermelho, o que significa que o seu comprimento de onda é esticado em direção à extremidade vermelha do espectro. Este efeito torna-se mais pronunciado em galáxias localizadas mais distantes. Como resultado, as galáxias distantes podem parecer mais vermelhas do que se estivessem mais próximas.
Portanto, a cor de uma galáxia é determinada pela combinação de populações estelares, pela natureza do meio interestelar e pelos efeitos do desvio para o vermelho. Ao estudar a luz emitida pelas galáxias em diferentes comprimentos de onda, os astrónomos podem inferir informações sobre o seu conteúdo estelar, idade, distância e outras propriedades.